HISTÓRICO DA ESCOLA RURAL MUNICIPAL D. PEDRO II E COMUNIDADE DE
SÃO DOMINGOS
A história do
Município de União da Vitória teve inicio em 1890 e a da
comunidade de São Domingos entre 1920 e 1940, segundo relatos dos
antigos moradores.
Naquela
época as terras pertenciam às famílias Vieira e Carvalho, que
residiam no centro de União da Vitória em homenagem a uma das
filhas dando o nome de Vila Zulmira, a fazenda abrangia vários
km2. Foi
designado o Sr. Mansur Guérios, para cuidar da venda dos terrenos a
prazo, medidos por um gremensor . Começaram a chegar os primeiros
moradores, de várias etnias, mas faltava comércio, não podiam
vender os produtos, a maioria atravessava o Rio Iguaçu de bote para
vender e comprar, pois a estrada era muito ruim e tinham que andar a
pé, a cavalo ou a carroça. Mais tarde surgiu a Jardineira, que era
uma espécie de ônibus, a qual auxiliou muito para o crescimento da
região.
Havia uma olaria, uma adega e uma serraria, onde os
trabalhadores usavam juntas de bois para empilhar as toras e entregar
para a serraria. A madeira era serrada com serras manuais, as quais
eram conhecidas por serras americanas. A serraria era da família
Scaramela, sendo Sr.Domicio Scaramela, o motorista do jipão que
trazia as toras de pinheiro, que na época era madeira abundante na
região.
Logo após a colonização, a olaria e a adega foram
extintas, porque os colonos não se adaptaram com a plantação de
parreiras.
Tinha também uma única igreja na localidade de São
Domingos, que era igreja Sagrado Coração de Jesus e São Sebastião,
a qual foi construída pela dona Luiza da família Vieira, era toda
de madeira, com um lindo altar. Foi assessorada pelos padres
saletinos. Em consenso com a comunidade religiosa, a igreja passou a
ser chamada Capela de São Domingos em homenagem ao local.
Havia duas escolas na região para atender a demanda de
alunos, uma no lugar chamado Arrozal ou da Raia (local de corridas de
cavalos).
A outra escola ficava em São Domingos (fundada entre
1920 e 1940). As duas eram de madeira, cobertas por tabuinhas, com
distância de 6 km uma da outra, as turmas eram multisseriadas, onde
atendiam as quatro séries no mesmo horário e eram mantidas pela
própria direção da fazenda.
Algum tempo depois, a fazenda foi dividida em lotes,
começando novamente um grande fluxo de pessoas no lugar. Foi
solicitado aos deputados Aníbal e Jorge Curi uma nova escola na
localidade. O pedido foi atendido pelo Governo do Estado, e, em 1959
iniciou-se a construção.
A escola funcionava dentro da fazenda para atender os
filhos dos operários. Com a paralisação da serraria, muitos
moradores que eram empregados, foram embora da localidade, ficando a
escola desativada por falta de alunos.
Algum tempo depois, a fazenda foi dividida em lotes,
começando novamente um grande fluxo de pessoas no lugar. Foi
solicitado aos deputados Aníbal e Jorge Curi uma nova escola na
localidade. O pedido foi atendido pelo Governo do Estado, e, em 1959
iniciou-se a construção.
Com o passar do tempo, começou a haver reclamações,
quanto à posse do terreno, onde estava construída a escola. Em
1964, o padre José D´Lalba fez um abaixo assinado junto aos
moradores, para que a escola fosse mudada e construída perto da
igreja . O documento foi encaminhado ao então prefeito Domicio
Scaramella, que de imediato autorizou a mudança da escola. Já em
1965 a escola funcionava em terreno próprio.
Como os alunos vinham de muito longe, a escola
funcionava em um único turno, com uma média de 50 a 60 alunos em
uma única sala de aula, foi construída uma pequena sala atrás da
escola para que a turma pudesse ser dividida.
Nos anos de 1978 e 1979, com o crescimento do lugar e
o grande número de alunos foi solicitada pela comunidade uma nova
escola, foi prontamente atendido, sendo desta vez a escola construída
em alvenaria, possuindo duas salas de aula, cozinha, banheiro e
gabinete da direção.
Conforme os anos se passaram, junto com eles a evolução
da escola em relação à estrutura física e da qualidade de ensino.
A partir do dia 18 de março de 1996, o ensino foi
nuclearizado. Formando o primeiro núcleo escolar do interior do
município de União da Vitória. Vieram alunos e professores das
comunidades: Escola Rural Municipal Rodrigues Alves - Guaíra, Escola
Rural Municipal Joaquim Franklin – Santo Antônio, Escola Rural
Municipal Duarte Cata Preta- Rio do Meio,Escola Rural Municipal
Carlos Treuk – Papuã, Escola Rural Municipal Cordovan F. de
Mello- Pinhalão, Escola Rural Municipal Rocha Pombo – Palmital do
Meio, Escola Rural Municipal Visconde de Nácar- Vila Zulmira, Escola
Rural Municipal Madalena Shiller- Correntes e Escola Rural Municipal
D.Pedro II São Domingos, sendo o polo da nuclearização, a qual
teve objetivo maior o da socialização, cooperação e o atendimento
seriado dos alunos da área rural.
No mês de agosto de 1998, passou a fazer parte do
núcleo a Escola Rural Municipal Capitão Pedro de Sá Ribas, da
Fazenda Palmital.
Teve como a primeira diretora nomeada a professora
Lourdes Keveluk, sua gestão foi de 1996 a 1999, teve como sua
supervisora à professora Marli T. W Iwasenko, nomeada pelo
professor Waldomiro Antônio de Souza, sua equipe era formada pelas
professoras que atuavam nas antigas escolas isoladas, acima citadas.
Em março de 2001, o núcleo do Rio dos Banhados foi
transferido para São Domingos, desta vez passaram a fazer parte
deste estabelecimento de ensino, alunos da comunidade do Rio dos
Banhados: Escola Rural Municipal Leopoldo Castilho - Escola Rural
Municipal Zacarias Góes de Vasconcelos – Barra do Palmital, a
escola Rural Municipal Maciel Tomtski – Porto Almeida.
Atualmente atende quinze comunidades da área rural do
município União da Vitória.
Os educandos
dependem de transporte público (Empresa Piedade que faz a linha do
Guaíra , Pinhalão, Britador,Rio do Meio,Bertazzo, Fazenda Palmital,
Papuã, Correntes, Vila Zulmira, e o ônibus da Prefeitura Municipal
que faz a linha do Rio dos Banhados, Porto Almeida e Barra do
Palmital).
Nas
gestões de 2002 - 2012 responde a direção a Professora Lubina P
Keveluk. supervisora, Professora Marli T.W Iwasenko, ambas eleitas
pelo voto secreto dos pais e da equipe de ensino. Atualmente a equipe
é formada pela diretora, supervisora, sete professores regentes, uma
estagiaria auxiliar administrativo, duas funcionárias para serviços
gerais, sendo uma com atestado médico.
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